
«O Estado Novo [ainda] não saiu de Portugal»
Mário Pinto, in Observador - 30 jul 2022
Estamos a assistir, com grande e clamorosa
distracção, ao colapso da nossa civilização. A decadência cai a ritmo
alucinante. A mim, das loucuras que todos os dias vejo e oiço, já nada me
surpreende. Sinto-me num manicómio colectivo e o meu problema é saber se serei
eu que já perdi o juízo!
As últimas décadas, sobretudo no dito
Ocidente (olhando à origem da palavra, não é o lugar onde o Sol morre?), têm
assistido a um percurso que sistematicamente tem uma única finalidade: destruir
a nossa Cultura humanista, com base na Família e nas liberdades que lhe estão
associadas e que tanto custaram a obter.
O processo de auto-demolição das bases do que
somos ( ou éramos?) não tem tido descanso. Entretanto vão-nos distraindo com a
defesa das plantas e dos animais ou com as alterações climáticas, como se tal
fossem factos que apareceram na longa história da Terra agora. Bem sei que o
Homem tem o seu papel de acelerador e que só o consumismo desenfreado de que
não desiste pode explicar. Somos muito pouco moderados no consumo. Somos
híper-egoístas. Não somos respeitadores do normal e natural funcionamento de
todos os ecossistemas… Nem do ecossistema pessoal que cada um de nós é nem dos
ecossistemas familiares de onde vimos e onde devemos estar em equilíbrio
homeostático, aquele que respeita melhor a identidade e funcionamento daqueles
por lhe ser próprio, intrínseco.
É o nosso egoísmo que está funcionar em pleno.
E… queremos continuar assim.
❑ Um estudo recente de
“ The Lancet Panetary Health” (Dez. 21) mostra que os jovens cada vez mais
estão a ser atingidos pela chamada «eco-ansiedade» ou, usando um neologismo que
vai “pegar”, por «Solastalgia» (Solastalgia: the distress caused by
environmental change.
Australas Psychiatry. 2007; 15: S95-S98). Até
na Costa do Marfim, os jovens estão em “pânico”, em «solastalgia», e não querem
ter filhos por causa do… “aquecimento global”. Espantoso. Mas mais espantoso é
que cada vez mais jovens mulheres se estão a esterilizar de forma irreversível
para nunca serem apanhadas de surpresa(?) grávidas e, assim, contribuir para
travar o famoso “aquecimento global” de que as crianças são culpadas além do
stresse que causam às mães e da poluição que causam as suas fraldas.
A propósito deste “pânico” induzido recordo
que o vale do nosso rio Zêzere, em U, é uma das muitas provas do grande
aquecimento global quando ainda não havia homens (homens, mulheres, trans, cis
e etc, etc). Quantos testemunhos do aquecimento global encontramos entre nós,
no território português contemporâneo, com muitos milhões de anos! Há alguns
anos fui a Pataias, junto a Alcobaça, ver e colher amostras de “calcários
coralígenos” que se formaram em águas marinhas, poucos profundas, pouco
energéticas e cálidas. Hoje esse território é ocupado por matas! Graças a Deus,
nesse tempo, não havia humanidade a provocar o “aquecimento global”, caso
contrário já não haveria ninguém na Terra e esta era um “doce” paraíso a
“fazer” a sua alteração climática de forma natural e repetitiva como faz parte
da dinâmica da Terra, desde a sua origem. Tristes tempos estes!
Tristes tempos estes em que a humanidade
(dito assim, evita-me escrever todas as variedades da construção na moda da
engenharia social) se está a odiar cada vez mais e, consequentemente, a cometer
um suave “suicídio colectivo”.
Onde não cabe Deus e de onde Este foi
expulso, como e onde pode caber a humanidade?
Carlos Aguiar Gomes, In DM 6.01.2022
Mário Pinto, in Observador - 30 jul 2022
Francisco Vêneto - publicado em 26/07/22, in Aleteia
Pedro Vaz Patto, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz
Senhor ministro da Educação, se não quer ficar na história como o Inquisidor da propaganda de género, desbloqueie este nó górdio por si criado pois tem no Parlamento uma maioria do seu partido.
Isabel Ricardo Pereira, In 7Margens, 6.07.2022
Jorge Bacelar Gouveia