
"Direito constitucional" ao aborto?
Jorge Bacelar Gouveia
Grégor Puppinck, advogado francês especializado em
direito internacional e direitos humanos, dirige o Centro
Europeu de Direito e Justiça, uma associação veterana na defesa
perante as instituições europeias da vida, família, liberdade de educação
e liberdade religiosa.
O Parlamento Europeu aprovou o chamado “relatório
Matic”, que postula o aborto como um direito humano e
considera a objeção de consciência dos profissionais de saúde como
uma recusa de assistência médica.
Uma nova lei bioética francesa facilita a
destruição de embriões de até 14 dias para pesquisa, elimina a semana de
reflexão da mãe antes de se submeter à intervenção e legaliza o aborto até ao
momento do nascimento.
Segundo Grégor Puppinck, o establishment globalista
conta, com um orçamento ilimitado de bilhões de dólares. Desde as suas
origens, a promoção do aborto sempre foi feita através de um pequeno grupo de
militantes, preferencialmente através dos tribunais e não das urnas, e graças
ao apoio de fundações de milionários, as fundações Rockefeller, Ford, Open
Society (Georges Soros) e Gates (Bill e Melinda Gates) cobriram as
necessidades económicas do aborto internacional. Actuando de acordo com
o Banco Mundial e o Fundo de População das Nações Unidas, que,
por sua vez, colaboram com as grandes multinacionais de aborto: Planned
Parenthood e Mary Stopes.
Grande parte das próximas batalhas pró-vida são
travadas em instituições judiciais sujeitas a poderes globalistas, como o Tribunal
Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo: 22% de seus juízes trabalharam para
ONGs financiadas por Georges Soros e por 22 outras organizações ou corporações
como Nike ou Hewlett.
As investigações conduzidas nos últimos anos pelo
Centro Europeu de Direito e Justiça de Puppinck revelaram que 22% dos
juízes do Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo trabalharam para ONGs financiadas
por Soros.
Porém, o movimento global do aborto agora tem um novo
objetivo, já não é só impor o aborto nos poucos lugares onde ele ainda é
restrito, mas perseguir profissionalmente médicos que se opõem (daí o
“relatório Matic”) e grupos pró-vida perseguidos e condenados.
Espanha apresentou um projeto de lei para punir mesmo com
sentenças de prisão aqueles que rezam diante de abortistas
ou socorristas e oferecem alternativas às mães que vão até eles.
Esta proposta é oriunda da Planned Parenthood que,
pelo risco de perder a batalha da opinião pública (com investigações
como a de David Daleiden, ou de
filmes como Unplanned), tomou a decisão de passar ao ataque a pessoas
e organizações contrárias ao aborto, uma missão que confiou ao Fundo
Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, a organização Open Democracy lançou a
operação Tracking the Backlash, financiada em 2019 com US$ 407
mil pela Open Society of Soros, com o objetivo de publicar na imprensa
subsidiada reportagens alarmistas sobre tramas pró-vida cristãs e
conservadoras com a capacidade de acabar com os chamados direitos
reprodutivos das mulheres.
As instituições europeias receberam imediatamente os
representantes dessas iniciativas (daí o sucesso na votação do “relatório Matic”,
e também a tentativa de hostilizar os defensores da família.
O tema deste artigo não será de todo agradável e
tranquilizador, porém, como diz o velho ditado: Homem avisado vale por dois.
Um cenário real, vergonhoso e decadente, mas uma
realidade da qual fazemos parte e é próprio do Jornalismo independente e sério,
alertar enquanto é tempo.
Emanuel do Carmo Oliveira, Gestor empresarial, In Jornal de Proença, 22.05.2022
Jorge Bacelar Gouveia
Armindo Vaz, OCD
Ana Maria Ramalheira
Dina Matos Ferreira | 21 Mai 2022
Vendo o que está a acontecer agora na Rússia, não posso estar mais grato a quem me deixou como herança esta Igreja liberta das garras da Política.
Aborto e valores europeus