
A Eucaristia comparada a um passe de mágica
Fernando Pinheiro
As últimas eleições
presidenciais norte-americanas levaram-me a pensar: “E se eu fosse americano,
em quem votaria?”. Não sei. Não sei mesmo se votaria, o que vai contra os meus
princípios de cidadão partícipe na res publica. Desde que posso
exercer o meu direito ao voto, como português que nunca deixar de votar, muitas
vezes… com venda, tal a minha desconfiança nos elegíveis.
Quem me conhece sabe que não
sofro de partidarite e não tenho grande confiança nos seus líderes actuais ou
passados e muito menos na sua praxis pós-eleitoral em que primam pela
traição, por regra, às promessas ou, pior, às omissões que esconderam
deliberadamente aos eleitores. Estes têm o direito de ser respeitados e, por
isso, os programas eleitorais devem ser claros e conter o que os eleitos irão
cumprir. A mim, como eleitor interessam-me as grandes causas: o DIREITO À VIDA
(da concepção à morte natural), a FAMÍLIA como comunidade natural e anterior ao
Estado e muito mais anterior aos Partidos, e o DIREITO DE OS PAIS TEREM
LIBERDADE DE EDUCAR OS FILHOS de acordo com os seus valores e em igualdade com
todos os pais.
Voltando aos EUA. A última
campanha e período pós-eleições seria no mínimo hilariante e…. Muito pior:
preocupante. Mas a Democracia tem disto.
Trump, protestante, defendia
princípios em que acredito, mas faltava-lhe bom senso, essencial para a chefia
de um Estado. Ganhou Joe Biden e a sua sócia ideológica Kamala bastante mais
extremista do que ele. Biden diz-se católico. Eu sou católico. Com os
princípios que defende publicamente e atitudes que tem tomado, ao arrepio da
Doutrina Social da Igreja sobre a Vida e a Família, não teria o meu voto. Não
poderia, em consciência, dar o meu voto a um defensor de princípios e práticas
que agridem e violam o que considero essenciais: o sujeito é favorável , por
exemplo, ao aborto, e o seu Partido Democrático advoga ainda outras posições
delirantes e perigosas contra a natureza. Dou um exemplo, a líder do Câmara dos
Representantes, democrata, de nome nosso conhecido, Nancy Pelosi, tenciona acabar
com termos como Pai, Mãe, Filho e filha, Esposo, Esposa, sogro e sogra genro e
nora, tio e tia, primo e prima, padrasto e madrasta, neto e neta e, imagine-se
o delírio ideológico, apagar a palavra marinheiro substituindo-a por “gente do
mar” e outras palavras – conceitos que “causam mal-estar” aos polícias do
pensamento único dominante! Tudo isto seria delirante e de fazer rir se não
fosse muito grave.
Todos sabem que Nancy Pelosi
foi a introdutora na Câmara dos Representantes de uma lei altamente polémica e
gravemente castradora da liberdade de pensamento, a chamada “Lei da Igualdade”
que prevê a penalização dos americanos que defendam o matrimónio, obviamente
heterossexual, ou aprovem o sexo biológico contra o que defende a Teoria do
Género! Joe Biden e a sócia Kamala estão de acordo. Poderia votar neles? Não!
Em quem votaria? Não sei.
Mas em Biden e a sua sucessora, não. Conscientemente, não sei se iria votar.
Admiro-me, para não escrever escandalizo-me, que ainda não havia resultados
definitivos e já Biden era felicitado, por Chefes de Estado e até pelo Papa!
Tinha ganho a equipa da Administração americana mais “inclusiva” da história,
que se propunha e propõe destruir a História da Natureza Humana!
Imagine o leitor que um
Pastor americano, democrata, cioso da igualdade, terminou o Ofício dizendo:
“Amen e Awoman” ( N. A. : deveria dizer Awomen) ( cf. Expresso on-line, 4.I 21)
! A loucura delirante-furiosa está à solta.
Que raio de tempo é este?
Nos EUA, no mundo e também em Portugal…
E já gora, como vão os
nossos candidatos? Que pensam, por exemplo, sobre a eutanásia, cuja lei lhes
vai cair na secretária? Venha o Diabo e escolha! Irei votar dia 24 de Janeiro,
se Deus quiser. Em quem não voto já sei.
Carlos Aguiar Gomes, In DM 07.01.2021
Fernando Pinheiro
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