
VAMOS ACOLHER A SENHORA DA FRANQUEIRA
6 de Agosto de 2022
O Papa defende na sua mensagem para o próximo Dia
Mundial do Doente, divulgada no passado dia quatro de janeiro, um acesso universal
a serviços de saúde, recordando milhões de pessoas excluídas socialmente nos
cinco continentes.
«Penso sobretudo nas populações das zonas mais pobres
da Terra, onde por vezes é necessário percorrer longas distâncias para
encontrar centros de tratamento que, embora com recursos limitados, oferecem
tudo o que têm disponível», indica Francisco.
A mensagem para a celebração anual de 11 de fevereiro,
memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, tem como tema “’Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso’ (Lc 6, 36). Estar ao lado de
quem sofre num caminho de amor”.
«Há ainda um longo caminho a percorrer para garantir a
todos os doentes, mesmo nos lugares e situações de maior pobreza e marginalização,
os cuidados de saúde de que necessitam e, também, o devido acompanhamento
pastoral», adverte.
O Papa recorda quem deixa de receber cuidados de saúde
por causa da «exclusão social ou pelas dificuldades no tratamento dalgumas patologias».
«Em tais situações, são sobretudo as crianças, os
idosos e as pessoas mais fragilizadas que pagam o preço mais alto», precisa.
Francisco lamenta a falta de disponibilidade de
vacinas contra a Covid-19, nos países mais pobres, a que se soma a «falta de tratamentos
para patologias que requerem medicamentos muito mais simples».
«Ainda há um longo caminho a percorrer e, nalguns
países, receber adequados tratamentos continua a ser um luxo».
O XXX Dia Mundial do Doente vai ser celebrado no
Vaticano e não Arequipa, no Perú, por causa das limitações impostas pela pandemia.
Francisco – que em 2021 esteve internado durante 10
dias, após uma intervenção cirúrgica – deixa votos de que esta jornada ajude todos
a «crescer na proximidade e no serviço às pessoas doentes e às suas famílias».
«Como não recordar os numerosos doentes que, durante
este tempo de pandemia, viveram a última parte da sua existência na solidão duma
Unidade de Cuidados Intensivos, certamente cuidados por generosos profissionais
de saúde, mas longe dos afetos mais queridos e das pessoas mais importantes da
sua vida terrena?», realça.
A mensagem destaca os avanços da ciência médica e
sublinha a importância dos profissionais de saúde.
«O vosso serviço junto dos doentes, realizado com amor
e competência, ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. As
vossas mãos que tocam a carne sofredora de Cristo podem ser sinal das mãos
misericordiosas do Pai. Permanecei cientes da grande dignidade da vossa
profissão e também da responsabilidade que ela acarreta», refere o Papa.
Francisco sublinha que «o doente é sempre mais
importante do que a sua doença», pelo que «qualquer abordagem terapêutica não pode
prescindir da escuta do paciente».
«Mesmo quando não se pode curar, sempre é possível
tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma proximidade que demonstre mais interesse
por ela do que pela sua patologia. Espero, pois, que os percursos de formação
dos operadores da saúde sejam capazes de os habilitar para a escuta e a
dimensão relacional».
A mensagem elogia ainda o papel das instituições
sanitárias católicas, que combatem a «cultura do descarte».
«Estas estruturas, como casas da misericórdia, podem
ser exemplares na salvaguarda e no cuidado de cada existência, mesmo a mais
frágil, desde o próprio início até ao seu termo natural», pode ler-se.
O Papa apela ao empenho de todos os católicos no campo
da Pastoral da Saúde, a começar pelas visitas aos doentes, e conclui com uma
oração por todos os profissionais do setor.
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