
SEMANA SANTA E GRANDE!
13 de abril de 2025
“Magos, vós
sois os santos mais nossos, sempre náufragos no infinito, e todavia não cessais
de tentar, de pedir, de fixar os abismos do céu até que ardam os olhos do
coração (Turoldo).
Mensagens de
esperança hoje: há um Deus dos distantes, dos caminhos, dos céus abertos, das
dunas infinitas, e todos têm a sua estrada. Há um Deus que te faz respirar, que
está numa casa e não no templo, na pequena Belém e não na grande Jerusalém. E
os Herodes podem opor-se à verdade, travar a sua difusão, mas nunca detê-la,
porque ela, em todo o caso, vencerá. Mesmo que seja frágil como uma criança.
Experimentemos
percorrer o caminho dos magos como se fosse uma crónica da alma.
O primeiro
passo está em Isaías: «Levanta a cabeça e vê». Saber sair dos esquemas, saber
correr atrás de um sonho, de uma intuição do coração, olhando mais além.
O segundo
passo: caminhar. Para encontrar o Senhor é preciso viajar, com a inteligência
e com o coração. É preciso procurar, de livro em livro, mas sobretudo de
pessoa em pessoa. Então estaremos vivos.
O terceiro
passo: procurar juntos. Os magos (não «três», mas «alguns», segundo o Evangelho)
são um pequeno grupo que olha na mesma direção, fixam o céu e os olhos das
criaturas, atentos às estrelas e atentos uns aos outros.
O quarto
passo: não ter medo dos erros. O caminho dos magos está cheio de enganos:
chegam à cidade errada; falam da Criança com o homicida das crianças; perdem a
estrela, procuram um rei e encontram um bebé, não no trono mas entre os braços
da mãe.
E no entanto
não se rendem aos seus erros, têm a infinita paciência de recomeçar, até que,
ao verem a estrela, experimentam uma enorme alegria. Deus seduz sempre porque
fala a linguagem da alegria.
Entram e
veem o Menino e a sua Mãe... Não só Deus é como nós, não só está connosco, mas
é pequeno entre nós.
Informai-vos
cuidadosamente sobre o Menino e dizei-mo, para que também eu vá adorá -lo.
Aquele rei, aquele Herodes, homicida dos sonhos ainda envolto em faixas, está
dentro de nós: é o cinismo, o desprezo que destrói os sonhos do coração.
Mas quererei
eu resgatar as suas palavras e repeti-las ao amigo, ao teólogo, ao poeta, ao
cientista, ao trabalhador, a cada um: «Encontrei o Menino»?
Procura
cuidadosamente nos livros, na arte, na história, no coração das coisas; procura
no Evangelho, na estrela e na palavra, procura nas pessoas, procura
profundamente na esperança; procura com cuidado, fixando os abismos do céu e
do coração, e depois diz-me, para que também eu vá adorá-lo.
Ajuda-me a
encontrá-lo e eu irei, com os meus humildes presentes e com toda a subtileza
do amor, para proteger os meus sonhos de todos os Herodes da história e do
coração.
Epifania - José Aldazábal
“Epifania” é
uma palavra de origem grega que deriva de “epi” e “faino” (brilhar, manifestar-se).
É uma das festas mais importantes do ano cristão, celebrando a manifestação de
Cristo ao mundo.
A celebração
da Epifania teve a sua origem nas Igrejas do Oriente. No século III, aparece no
Egito, e daí passa a Jerusalém e à Síria, no século IV, como festa celebrativa
da manifestação do Senhor, entendida como seu nascimento,
Rapidamente,
passou também a Roma e ao Ocidente, apesar de, ali, por essa mesma altura, ter
surgido a festa da Natividade, do nascimento de Jesus.
Em alguns
países, sobretudo quando não é dia de preceito (6 de janeiro), trasladou-se a
festa para o domingo entre os dias 2 e 8 do mesmo mês.
No dia da
Epifania existe também o antigo costume de proclamar, depois do Evangelho, a
calenda, ou seja, o calendário das festas móveis de todo o ano, sobretudo a
data da Páscoa”, que será a 31 de março.
Ermes Ronchi, in SNPC.

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