Música na Liturgia
HINO DO ANO DA FÉ
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Música e Liturgia. Critérios e orientações pastorais.
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A Celebração do Matrimónio
O Matrimónio é um sacramento marcante na vida
cristã dos fiéis, em que, perante a Igreja, na presença de testemunhas, um
homem e uma mulher declaram o seu amor e o seu propósito de o conservar, com os
filhos, durante toda a vida. É normal e desejável que seja um dia de festa. A
liturgia do Matrimónio, celebrado, sempre que possível, dentro da Eucaristia,
fica enriquecida com cânticos e música adequados. Ao longo dos tempos foram-se
criando hábitos de introduzir certas formas musicais nas celebrações do
Matrimónio, aparentemente reforçados pelos exemplos que chegam das telenovelas
e dos casamentos de figuras públicas. É o caso das chamadas marchas nupciais,
mormente as de Mendelsshon e de Wagner.
As normas da Igreja quanto ao uso da música na
Liturgia são muito claras: apenas pode ser executada música composta expressamente
para tal. Consideremos o caso das marchas atrás indicadas. A Mendelsshon, que
era protestante, é a 12ª parte da obra chamada "sonho de uma Noite de
Amor", inspirada na peça de teatro homónima de Shakespeare e onde há fadas
e, por exemplo, uma donzela enfeitiçada que se apaixona por um homem com cabeça
de burro! A marcha nupcial de Wagner faz parte da sua ópera
"Lohengrin" e não é para um momento do casamento em si, mas para a
noite de núpcias (em contexto de orgia palaciana – primeira cena do terceiro e
último acto). É, pois, evidente que nenhuma delas pode ser executada na
celebração do Matrimónio: se não foram criadas para a liturgia não são Música
Sacra (cf. n.º 4 da Instrução "Musicam Sacram"), nem sequer os
respectivos contextos permitem qualquer aproximação. O eventual envolvimento
romântico que os noivos encontrem nessas obras musicais não se pode sobrepor ao
sentido religioso e sacral do acto sagrado que querem celebrar. Serão,
porventura, e se os noivos quiserem, músicas mais adequadas para, por exemplo,
o local do banquete. Na celebração do Matrimónio, dentro da Igreja, é que não.
In Luz e Vida, Boletim Paroquial de Carapeços