
SEMANA SANTA E GRANDE!
13 de abril de 2025
“O Evangelho
não oferece, para falar da Trindade, fórmulas racionais ou simbólicas, mas a
narrativa de um encontro e de um envio (Mateus 28, 16-20): Pai, Filho, Sopro
santo. Nomes que abraçam e fazem viver.
Foram todos
ao encontro no monte da Galileia. Todos, inclusive aqueles que ainda duvidavam,
comunidade ferida que conheceu a traição, a fuga e o suicídio de um deles…
Mas o Mestre
não os larga, e realiza um dos seus gestos mais típicos: aproximou-se e
disse-lhes…
Deus realiza
gestos muito humanos. Jesus não aceita distâncias; ainda hoje não se cansou
de se aproximar e de explicar.
Ainda não se
cansou de esperar por mim na minha lentidão para acreditar, chega-se mais para
perto de mim, olhos nos olhos, respiração na respiração.
É a viagem
eterna do nosso Deus “em saída”, pelos caminhos de toda a Terra, que bate à
porta do humano, e a porta do humano é o rosto, ou o coração. E se eu não
abro, como tantas vezes aconteceu, Ele à porta deixa uma flor. E voltará. E não
duvida de mim.
Eu estou
convosco todos os dias.
Convosco,
dentro das solidões, dos abandonos e das quedas; convosco também por trás das
portas fechadas, nos dias em que duvidas e naqueles em que acreditas; nos dias
do canto e nos dias das lágrimas, quando a noite te engole e quando parece que
voas.
A última e
suprema pedagogia de Jesus é muito simples: aproximar-se sempre, estar junto
de ti, sussurrar ao coração, confortar e ir atrás de ti.
Ide por todo
o mundo e anunciai.
Confia a fé
e a palavra de felicidade a discípulos de coração pesado, e mesmo assim conseguirão,
inundando cada passagem do mundo como água fresca e transparente.
Ide e
batizai
Mergulhai
cada vida no oceano de Deus. Acompanhai cada vida ao encontro com a vida de
Deus, e que esta submerja aquela, dela seja impregnada e embebida, e depois
seja erguida ao alto pelas suas ondas mansas e poderosas.
Em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo
Fazei-o “em
nome do Pai”: coração que pulsa no coração do mundo; “no nome do Filho”: o
mais belo entre os nascidos de mulher; “no nome do Espírito Santo”: vento que
transporta pólenes de primavera e nos faz a todos vento no seu Vento
(D.M.Montagna).
Como todos
os dogmas, também o da Trindade não é um frio destilado concetual, mas um
cofre que contém a sabedoria do viver, uma sabedoria sobre a vida e sobre a
morte: no princípio de tudo, no cosmo e no meu íntimo, assim no Céu como na
Terra, foi colocado um laço de amor.
E eu, criado à imagem e semelhança da Trindade, posso finalmente
compreender porque estou bem quando estou com quem me quer bem, compreender
porque estou mal quando estou na solidão: é a minha natureza profunda, a nossa
divina origem”
(Ermes
Ronchi, in Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura).
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