
SEMANA SANTA E GRANDE!
13 de abril de 2025
“Assim é o Reino de Deus: como
um homem que lança a semente à terra. O infinito de Deus contado por uma minúscula
semente, o futuro na frescura de um grão de mostarda.
Acontece no Reino de Deus como quando um homem semeia. O
Reino acontece porque Deus é o semeador incansável, que não se cansa de nós,
que a cada dia sai a enxertar no universo as suas energias de maneira seminal,
germinal, como um novo jardim do Éden que a nós pertence guardar e cultivar. E
nenhum homem ou mulher é privado dos seus germens de vida, ninguém fica
demasiado longe da sua mão.
A dormir ou acordado, de noite ou de dia, a semente germina
e cresce. Jesus sublinha um milagre infinito que nunca nos deixa de espantar: à
noite vês um botão, no dia seguinte abriu-se uma flor. Sem nenhuma intervenção
externa. Aqui mergulha a raiz da grande confiança de quem crê: as coisas de
Deus, a inteira criação, o bem, crescem e florescem através de uma misteriosa
força interior, que é de Deus. Não obstante as nossas resistências e
distrações, no mundo e no coração a semente de Deus germina e ergue-se para a
luz.
A segunda parábola mostra a desproporção entre o grão de
mostarda, a mais pequena de todas as sementes, e a grande árvore que dela
nascerá. Sem voos grandiloquentes: o grão não salvará o mundo. Nós não
salvaremos o mundo. Mas, diz Jesus, os pássaros virão e nela farão ninho.
Muitos acorrerão à sombra da tua grande árvore, à sombra da tua vida virão para
recuperar o fôlego, encontrar alívio, fazer o ninho: imagem da vida que reparte
e vence. «Se ajudaste um só a ficar um pouco melhor, a tua vida realizou-se»
(papa Francisco).
A parábola do grão de mostarda narra a preferência de
Deus pelos meios pobres; diz que o seu Reino cresce pela misteriosa força
secreta das coisas boas, pela energia própria da beleza, da ternura, da
verdade, da bondade.
Enquanto o inimigo semeia morte, nós, como lavradores
pacientes e inteligentes, semeamos a boa semente; nós, como campo de Deus,
continuamos a acolher e a proteger as sementes do Espírito, não obstante a
raiva de todos os Herodes dentro e fora de nós.
Uma semente deposta pelo vento nas fendas de uma muralha
é capaz de viver; é capaz, com a fragilíssima ponta do seu gérmen, de abrir uma
estrada na dureza do asfalto. Jesus sabe que imergiu no mundo uma semente de
bondade divina que, com a sua ação doce e implacável, despedaçará a crosta
árida de todos os tempos, para lhe trazer de novo a aragem da primavera, da
vida florida, de colheita.
Toda a nossa confiança reside nisto: Deus trabalha no seio
da história e em mim, no silêncio e com pequeninas coisas”.
(Ermes Ronchi, in Secretariado
Nacional da Pastoral da Cultura).

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