MENSAGEM DE PÁSCOA 2016

Paróquia de Barcelos

Na origem da Páscoa cristã está um homem, Jesus, que Se revela ao mundo, no seu tempo, como Messias, Cristo, ungido de Deus.

Bem cedo os seus discípulos, contemplando o que Ele disse e fez, Lhe chamaram o Deus que se fez Homem. A teologia, ou doutrina que aprendemos na infância, chama-o Deus Encarnado, ou seja, Ele é Deus e Homem, o único que, passando pela morte, a venceu, e oferece a todos os que nele crêem uma vida em glória de ressuscitados.

A cultura do nosso tempo, sem valores transcendentes, propõe e força homens e mulheres a viverem sem Deus. E muitos baptizados, que frequentavam as nossas igrejas e nelas encontravam espaços de humanização e apelos a uma relação libertadora com Deus, acabaram por ceder à pressão, abandonando à prática religiosa.

Felizmente que muitos se deram conta já do vazio existencial e da falta que lhes faz o crer gerador de esperança. E há sinais cada vez mais fortes de querer voltar à comunidade que crê, porque precisa de acreditar. De facto, a experiência diz-nos que o não crer em Deus não significa que não se crê. Porque outros deuses ocupam o lugar do verdadeiro Deus. Eis-nos assim diante das superstições e crendices ou dos ídolos da moda, que pretendem ocupar todo o espaço da vida pessoal e colectiva sem deixar espaço para Deus. Em vez da Missa ao Domingo, da oração em família, do acompanhamento na comunidade eclesial, tudo o que é mundano, material e provisório se impõe como única necessidade. Assim, estamos pobres de Deus, ricos de morte, agonizantes de relações precárias.

Ao contrário, a sede de Deus manifesta-se entre nós por exemplo nas muitas manifestações religiosas à volta do Cristo que sofre. Apreciadas por auto-intitulados ateus ou agnósticos e por aqueles que abandonaram a prática religiosa.

Saudosismos? Ou à deriva à procura da porta de re-entrada? É claro que todo o ser humano, independentemente das suas crenças, se revê no inocente crucificado, o Cristo Morto e Ressuscitado, o único na história que uniu a humanidade e lhe deu a resposta mais profunda ao mistério do próprio existir.

Nesta breve mensagem, não posso deixar de referir as imagens chocantes da barbaridade humana, junto dos fundamentalismos religiosos e políticos e das suas mais evidentes consequências: o quadro negro de milhares e milhares de refugiados a quem se nega o simples direito de existir.

Páscoa feliz para todos os barcelenses especialmente para aqueles que aceitaram voltar a centrar a sua vida em Jesus Crucificado e Ressuscitado.

O Prior de Barcelos

Publicado em 2016-03-27

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