A Igreja Matriz de Barcelos foi dotada de três novos candeeiros que, no corpo central, deu renovada monumentalidade ao edifício multissecular. A decisão foi tomada pelo Conselho Económico, após discussões e propostas acerca do modelo – em ferro e integrado no conjunto arquitectónico – e seguindo pareceres técnicos. Mas a obra ficou muito a dever-se ao gosto e devoção do Carlos Oliveira Carvalho, membro do Conselho Económico, que a realizou pelas próprias mãos e que, em família conseguiu o respectivo financiamento. Este ficou a dever-se às famílias Oliveira Carvalho e Fitas Peres Filipe. Seguindo o modelo dos tocheiros existentes na Capela Mor, estes já evocativos do modelo da cruz e castiçais da primeira missa do Brasil, que se encontram na Sé de Braga, os candeeiros vieram responder a duas necessidades sentidas há muito tempo: uma iluminação mais eficaz no Corpo da Igreja e uma iluminação menos onerosa. A apresentação ao público deu-se na tarde de domingo, 22 de Dezembro. E a sua confecção aconteceu com intensidade durante a ausência do Prior de Barcelos, numa experiência missionária na Paróquia de Ocua da diocese de Pemba, em Moçambique, que aconteceu de 19 de Outubro a 19 de Dezembro.

Este texto foi escrito no Livro de Ouro, como memória para o futuro. Porque nós, os de hoje, olhámos para o passado e, no respeito pela justiça e pela verdade, reconhecemos que o património da Paróquia foi construído com a generosidade dos paroquianos. Oxalá o gesto do Carlos e das famílias que financiaram os candeeiros desperte outros barcelenses para o cuidar da sua Igreja Matriz.